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terça-feira, 3 de junho de 2014

Edward Snowden


Edward Snowden, o homem que ficou famoso por delater os esquemas de espionagens dos Estados Unidos. Depois de quase um ano de negociações, frente a frente com o homem mais procurado do mundo. Moscou, capital da Rússia, onde Edward Snowden está asilado há dez meses. O lugar exato onde ele vive? Nem os amigos mais próximos sabem.

Em sua adolescência, Edward Snowden vivia conectado e descobrindo como funcionam computadores, escrevendo programas. Típico da geração internet.


Depois dos ataques de 11 de setembro, ele se alistou no Exército. “Foi voluntário porque acreditava no que o governo estava dizendo na época, que o Iraque estava desenvolvendo armas de destruição em massa. Ele achou que servir era generoso, uma atitude nobre”, conta.


Mas Snowden quebrou as duas pernas no treinamento. Dispensado do Exército, foi recrutado e treinado pelos serviços de espionagem. Trabalhou como espião na Suíça e no Japão. Era o especialista em informação digital da CIA. Seu último posto, no Havaí, especialista em tecnologia e cibersegurança da NSA.



No fim de 2012, Snowden mandou um e-mail para o jornalista Glenn Greenwald, radicado no Brasil e que então trabalhava no jornal inglês “The Guardian”. Queria que Glenn instalasse um programa de criptografia, que protege o sigilo na internet, para eles se comunicarem.
Em seu livro, “Sem lugar para se esconder”, Glenn conta esta e outras histórias dos bastidores do caso Snowden. Em Moscou, eles se reencontraram pela primeira vez desde que, há um ano, Snowden entregou os documentos em Hong Kong.
Snowden diz que durante todo esse ano evitou dar entrevistas porque não queria tirar a atenção dos documentos. Mas, agora, com todas as revelações que foram feitas, se sente seguro para discutir seus sentimentos.
As lembranças mais duras são dos 40 dias que ele passou na área de trânsito do aeroporto de Moscou. A escala virou uma armadilha quando o passaporte dele foi cancelado.


Para Snowden, esse debate é a essência da liberdade: “Não é sobre privacidade. É liberdade. O equilíbrio entre os direitos individuais e o direito que o governo tem de coletar informações. Se vigiarmos cada homem, mulher e criança, da hora em que nascem até a hora que morrerem, podemos dizer que eles são livres? Isso é muito perigoso. Porque mudamos nosso comportamento se sabemos que estamos sendo vigiados. É uma ameaça à democracia”.


Ele também nega que os chineses tenham copiado tudo antes de ele deixar Hong Kong: “Isso é uma maluquice Diz Snowden. Ele é  especialista em cibersegurança. Ensinava aos agentes da CIA e da NSA como se proteger exatamente desse tipo de ameaça”. Há dez meses ele vive na Rússia. Nunca foi sequer fotografado.

O governo americano diz que a luta contra o terrorismo ficou mais difícil por causa desses vazamentos.


Snowden é acusado de traição pelo ato de espionagem, uma lei feita em tempos de guerra, que prevê julgamento sem defesa pública. Outra acusação é de que ele atrapalhou a relação americana com países amigos, vazando documentos com revelações, como as feitas com exclusividade pelo Fantástico, comprovando que os americanos e seus aliados, Inglaterra, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, grampearam os telefones da presidente Dilma e de seus assessores mais próximos. Espionaram também a Petrobras e o Ministério das Minas e Energia.


Snowden disse que ouviu o discurso da presidente Dilma na ONU, criticando a espionagem americana, e achou inspirador. 


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